Vacinar-se vai muito além da prevenção individual – vacinas combatem doenças que assolam toda nossa sociedade. A lógica sempre é: quanto mais pessoas vacinadas, menos doenças.
No último dia 9 de junho, comemoramos o Dia Mundial da Imunização, tema mais do que conveniente em tempos desta pandemia de Covid-19 que aflige todo o mundo. Mas as vacinas vão muito além disso. São medicamentos fundamentais na história da medicina, responsáveis, sem exagero, pela preservação da humanidade.
Ao longo da história, as vacinas ajudaram a diminuir radicalmente índices, e até mesmo erradicar, doenças antes mortais como tétano, varíola, cólera, tifo, entre outras, tornando-se um tratamento comum, que apresenta o melhor custo-benefício, principalmente em termos de saúde pública.
No entanto, uma parcela da sociedade questiona o calendário de vacinação, os métodos usados para a fabricação de vacinas e suas reações, alegando que algumas delas usam os próprios agentes provocadores das doenças, como fonte de cura.
O que são vacinas?
Vacinas são substâncias orgânicas que, ao entrarem em contato com o sistema imunológico do corpo humano, ativam suas defesas, aumentando imensamente sua resistência a vírus e bactérias que, sem a vacina, venceriam a batalha pelo domínio de nossa saúde.
Para isso, são compostas por agentes semelhantes aos microrganismos que causam as doenças, por toxinas e componentes desses microorganismos ou pelo próprio agente agressor. Nesse último caso, há versões atenuadas (o vírus ou a bactéria enfraquecidos) ou inativas (o vírus ou a bactéria mortos).
A aplicação de vacinas, em alguns casos, pode causar reações como febre, dor em torno do local da aplicação e dores musculares. Mas o risco de se “contaminar com a doença” estando saudável é baixíssimo, isolado apenas a pessoas com problemas de imunodeficiência. O risco de se contaminar com o vírus ou bactéria de alguma doença sem ser através da vacinação é infinitamente maior.
Quando surgiram?
A semente do que seria a vacina surgiu pela primeira vez em 1798, quando o médico e cientista inglês Edward Jenner ouviu relatos de que trabalhadores da zona rural não pegavam varíola, pois já haviam tido a varíola bovina, de menor impacto no corpo humano. Ele então isolou os dois vírus e aplicou em um garoto de oito anos, percebendo que o rumor tinha de fato uma base científica. A palavra “vacina” vem de Variolae vaccinae, nome científico da varíola bovina.
Em 1881, quando o cientista francês Louis Pasteur começou a desenvolver a segunda geração de vacinas, voltadas a combater a cólera aviária e o carbúnculo, ele sugeriu o termo para batizar sua recém-criada substância, em homenagem a Jenner.
O que podemos constatar como fato inquestionável é que, por conta das vacinas, existe redução significativa dos números de casos de doenças infecciosas em toda a comunidade, uma vez que a transmissão é reduzida, havendo ainda diminuição no número de hospitalizações, redução de gastos com medicamentos, redução de mortalidade por motivo de doenças para as quais existe vacina e erradicação completa de doenças que antes eram epidêmicas.
Ao vacinar a população, diminuímos a incidência das doenças. À medida que toda a população vai sendo vacinada, os índices caem até que nenhum caso seja mais registrado.
Apesar de parecer, muitas vezes, impossível proteger toda a população, a imunização tem dado resultados bastante positivos no Brasil e no mundo. Nosso país já erradicou a poliomielite e a varíola, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, e eliminou o vírus autóctone do sarampo no ano 2000 e da rubéola desde 2009. Outras doenças também tiveram seus casos reduzidos, como é o caso do tétano neonatal.
A OMS calcula que as vacinações atualmente evitam entre 2 e 3 milhões de mortes por ano.
Poucas coisas tiveram um impacto maior na saúde pública do que vacinas. E poucas coisas hoje são mais eficientes em termos de custo para salvar vidas, fortalecer sociedades e moldar o futuro da saúde humana.
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