Não há cura oficial para o HIV, vírus causador da AIDS, mas tratamento prolonga e melhora a qualidade de vida
Se hoje em dia a preocupação com a pandemia do coronavírus segue tirando o sono da população, há quatro décadas era a AIDS a doença mais temida em todo o mundo, causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana).
É que receber o diagnóstico positivo para a doença durante os anos 1980, novidade naquele momento, era praticamente ter em mãos uma sentença de morte, já que havia pouca informação, muito preconceito e limitações médicas para se combater o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida. Sim, pra quem se pergunta o que é o HIV, é isso.
De lá para cá muita coisa evoluiu com relação ao HIV e à AIDS, com campanhas criadas para disseminar informações, estimular medidas preventivas e debater abertamente sobre a doença, que é bastante ligada ao universo jovem, mas pode infectar pessoas de qualquer idade. Para manter-se saudável ou saber como agir se estiver infectado fique atento a alguns dados e conceitos.
Afinal, o que é a AIDS e qual é a relação com o HIV?
AIDS é a sigla traduzida do inglês que significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É uma doença causada pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, deixando-o vulnerável a doenças oportunistas.
De acordo com a Biblioteca do Ministério da Saúde, com a AIDS “as células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção”.
O HIV tem cura?
Ainda não há oficialmente cura para a AIDS, mas é possível conviver com o vírus HIV e ter uma vida saudável, incluindo ter relacionamentos e filhos, a partir do controle da progressão da doença com base no tratamento antirretroviral.
Esses medicamentos não matam o HIV, mas inibem a multiplicação do vírus e, consequentemente, evitam o enfraquecimento imunológico. Portanto, o diagnóstico positivo para a contaminação não significa o fim da linha, mas uma trajetória que será marcada por cuidados médicos e uma vida regrada até o final.
Como o vírus HIV é transmitido?
As formas mais significativas de contágio, para quem se pergunta ainda como pega AIDS, são as relações sexuais desprotegidas, o compartilhamento de seringas, agulhas e alicates, a transfusão de sangue contaminado ou a transmissão da mãe infectada para o filho durante a gestação, trabalho de parto ou mesmo durante a amamentação. Em resumo, continua valendo a regra – use camisinha e evite comportamentos de risco!
Números da AIDS ainda preocupam
Apesar dos avanços obtidos, ainda é preciso ficar bastante atento. De acordo com relatório global da UNAIDS, a mortalidade relacionada à AIDS no mundo teve redução de 57% entre mulheres e meninas e 47% entre homens e meninos na última década, embora 650 mil pessoas ainda tenham morrido em 2021 (https://unaids.org.br/estatisticas/).
Mas também de acordo com o relatório, lançado em julho de 2022, o número de novas infecções diminuiu apenas 3,6% entre 2020 e 2021, representando o menor declínio anual de novas infecções desde 2016 (https://unaids.org.br/2022/07/unaids-lanca-relatorio-global-2022-em-perigo/).
Como saber se tenho AIDS?
Em 2021, também com base em levantamento da UNAIDS, 38,4 milhões [33,9 milhões – 43,8 milhões] estavam contaminadas pelo HIV, sendo que 5,9 milhões de pessoas não sabiam que viviam com o vírus.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da testagem de sangue. Febre, dores de garganta e cabeça, gânglios aumentados pelo corpo, diarreia e manchas na pele são alguns dos sintomas característicos.