Hoje comemoramos o dia mundial da conscientização do autismo. É uma data muito importante e tem como principal objetivo compartilhar informação e conhecimento, para combater o preconceito e os estigmas que rondam a doença!
Mas, você sabe o que é autismo? Vamos conhecer um pouquinho?

O autismo é um problema psiquiátrico. É um transtorno de desenvolvimento que afeta as habilidades de comunicação e interação. Costuma ser identificado na infância, geralmente durante o primeiro e o terceiro ano de vida. Às vezes, é possível que alguns sinais iniciais apareçam já nos primeiros meses de vida.
O autismo não compromete o desenvolvimento físico. Ele compromete o desenvolvimento social, o que causa dificuldades para desenvolver e firmar relações sociais ou afetivas, além de influenciar uma vivência em um mundo isolado.
A doença possui grau de intensidade variada. Anteriormente, esse grau de intensidade era dividido em cinco categorias, entre elas a Síndrome de Asperger. Atualmente, tudo faz parte de uma única classificação, com diferentes graus de funcionalidade e possui o nome técnico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Graus do TEA
Como visto, atualmente o Transtorno do Espectro Autista é divido em 3 graus diferentes, sendo eles:
Nível 3 – Severo
Nesse nível, é apresentado um déficit considerado grave, necessitando de um suporte maior. As habilidades de comunicação verbal e não verbal são muito afetadas, ou seja, não conseguem se comunicar se não puderem contar com um suporte. Nesse caso, existe uma enorme dificuldade em desenvolver interações sociais. Além disso, apresentam uma grande dificuldade para mudar o foco ou as ações, uma enorme dificuldade em lidar com a mudança e uma inflexibilidade de comportamento.
Nível 2 – Moderado
Esse nível é bastante semelhante ao nível 3, mas com menor intensidade na parte de transtornos de comunicação. Apresentam uma limitação em dar início a interações sociais.
Nível 1 – Leve
Esse nível apresenta a menor necessidade de dependência, mas ainda é necessário receber um suporte! Pode apresentar alguma dificuldade para se comunicar, mas isso não impede interações sociais. Nesse caso, os maiores obstáculos à independência são os problemas apresentados para organização e planejamento.
Causas
É muito importante começar dizendo que não existe relação entre vacinas e autismo. Ou seja, é mentira que a vacina tríplice viral causa autismo, como foi amplamente divulgado no passado. Isso inclui também as crianças que são mais suscetíveis a desenvolver a doença.
As causas do autismo ainda são desconhecidas, embora uma intensa pesquisa na área. Mesmo assim, existem alguns fatores que podem ser considerados de risco. São eles:
- Sexo: O autismo é de duas a quatro vezes mais frequente em meninos do que em meninas
- Predisposição genética
- Poluição
- Infecções como rubéola durante a gravidez.
- Contaminação por mercúrio
- Sensibilidade a vacinas
E quais são os sintomas clássicos?
O autismo pode ser diagnosticado em recém-nascidos. Os primeiros sinais costumam aparecer no primeiro ano de vida. Podemos alguns comportamentos de alerta, entre eles:

Além disso, podemos citar: apatia, inquietação, transtorno de linguagem, movimentos repetitivos, agressividade, ansiedade e resistência a mudanças na rotina.
Diagnóstico
O diagnóstico do autismo é clínico e realizado por meio da observação e perguntas de histórico. Para tal, o médico utiliza o critério do Manual de Diagnostico e Estatística de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. Segundo este manual, a criança poderá ser diagnosticada com autismo ao apresentar pelo menos seis dos sintomas clássicos do transtorno.
Tratamento
Infelizmente, não existe cura para o autismo. Porém, um programa de tratamento precoce, intensivo e apropriado melhora muito a qualidade de vida dos pequenos. O tratamento envolve diversos profissionais, como médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos. Tudo isso tem como principal objetivo maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança, além de incentivar o máximo de independência possível, permitindo que ela possa realizar pequenas tarefas sozinha, como trocar de roupa, escovar os dentes, etc.