Sabe aqueles lacinhos cor de rosa que você nota (ou pelo menos deveria) espalhados por todos os cantos durante o mês de outubro? Eles representam a Campanha Outubro Rosa, iniciativa que anualmente alerta a população feminina para a prevenção do câncer de mama e de colo do útero, dois dos que mais acometem as mulheres em idade adulta todo o mundo.
Os indícios do câncer de mama normalmente são notados pela própria mulher e, embora o autoexame não auxilie tanto no diagnóstico precoce do câncer de mama, ele é um grande aliado no conhecimento do próprio corpo.
Sabe aquela hora em que você vai tomar banho? Aproveite para, em frente ao espelho, observar se há sinais como mudança de cor, forma, tamanho, nódulos, saliências ou caroços (nem sempre doloridos) nas mamas ou alterações nas axilas. Além dos aspectos visuais, a palpação das mamas também permite averiguar a presença de secreções que geralmente são associadas à enfermidade, elas podem ser transparentes (água de rocha), rosadas ou avermelhadas.
É fundamental ressaltar que essa avaliação feita em casa identifica possíveis sinais do câncer de mama, mas a identificação da doença é feita única e exclusivamente após consulta médica e a realização de exames, como a tão famosa e importante mamografia.
Também conhecida como mastografia, a mamografia é um tipo específico de radiografia que permite identificar alterações suspeitas nos seios através de imagens de alta qualidade, possibilitando um diagnóstico mais preciso e início do tratamento de maneira precoce do câncer de mama. Não é um procedimento invasivo, não demora e é simples de fazer – então, não precisa ter medo!
O Instituto Nacional de Câncer recomenda que o exame de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos seja realizado a cada dois anos, mas o foco já deve ser voltado às mamas a partir de 40 anos de idade.
É importante reforçar que, se identificado e tratado precocemente, o câncer de mama tem altos índices de cura total ou de melhora significativa da qualidade de vida. Portanto, nunca deixe a atenção à saúde para depois.
Calma aí, mas e o colo do útero? O que é? Onde fica?
Aqui cabe ser bem didático para você entender exatamente do que estamos falando. O útero é um órgão com o formato de uma pera invertida. O colo do útero, por sua vez, é a parte do útero que fica no fundo da vagina, e justamente por essa localização está mais vulnerável.
O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é uma doença causada pela infecção persistente e não tratada adequadamente de alguns tipos de vírus, entre eles o Papilomavírus Humano (HPV), e tem como principais fatores de risco iniciação sexual precoce, atividades sexuais com múltiplos parceiros e uso prolongado de anticoncepcionais.
Assim como no câncer de mama, a prevenção é o melhor caminho para combater a doença. Por isso, é importante aliar a vacinação contra o HPV, principalmente na entrada da adolescência, com a realização de exame preventivo, conhecido como Papanicolau, que pode diagnosticar lesões pré-cancerígenas e impedir o desenvolvimento da doença.
De acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, “toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos”.
Vale dizer ainda que, além da realização de exames periodicamente, a manutenção de hábitos de vida saudáveis contribui – e MUITO – para o controle e prevenção de ambas as doenças.
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