O cinema muitas vezes é um meio para levantar questões importantes a respeito de doenças e outros temas da saúde. Porém, também acontece desses universos se cruzarem de formas inusitadas, como foi o caso da cerimônia do Oscar de 2022. A premiação da Academia de Cinema foi palco de uma cena chocante envolvendo o ator americano Will Smith, e trouxe à tona a discussão sobre a alopecia, condição que afeta sua esposa, e também atriz, Jada Pinkett Smith.
A atriz de 50 anos já falou abertamente sobre alopecia em suas redes sociais, e tem compartilhado sua experiência e como é o dia a dia de quem vive com essa condição. No entanto, é preciso entender o que é alopecia. Trata-se de um termo amplo para designar distúrbios relacionados à perda de cabelo e pelos do corpo, e ela pode se manifestar de maneiras diferentes em cada pessoa. Por isso, aqui explicamos melhor como essa doença funciona.
Primeiro é importante diferenciar dois tipos de alopecia: a androgenética, que é mais comum em homens e popularmente chamada de calvície; e a areata (o caso de Jada Smith), que afeta tanto homens quanto mulheres, e pode aparecer em diferentes regiões do corpo.
A palavra “areata” vem do latim e significa “localizada”, pois o distúrbio geralmente atinge áreas pontuais e delimitadas do corpo ou do couro cabeludo. Porém, a condição em alguns casos pode se agravar e evoluir para a queda total de cabelo, passando a se chamar “alopecia totalis”, ou até de todos os pelos do corpo, tornando-se então “alopecia universalis”.
Causas e sintomas da Alopecia
Você deve estar se perguntando o que causa a alopecia. Pois saiba que a alopecia areata é uma doença autoimune. Isso significa que sua causa não está atrelada a uma contaminação externa, como a de um vírus, por exemplo, e sim a uma reação do próprio sistema imunológico da pessoa, que passa a atacar os folículos pilosos de uma determinada região. Quando o corpo identifica aquelas estruturas produtoras de fios como algo a ser eliminado, o resultado é a perda de cabelos.
O distúrbio, antes de tudo, depende de uma predisposição genética, que pode ser desencadeada por fatores emocionais, de estresse ou hormonais, para citar alguns. Além disso, quadros infecciosos ou traumas físicos também podem provocar ou agravar a condição. Por esses motivos, é muito difícil prever quando e se uma pessoa irá desenvolver alopecia. Em geral, a doença se manifesta antes dos 30 anos na maioria dos casos. Mas isso não quer dizer que pessoas mais velhas não podem apresentar um quadro de alopecia também.
O primeiro passo para identificar a alopecia areata é estar atento ao principal sinal: a perda de cabelos localizada. Em alguns casos, podemos observar sintomas como irritação da área capilar antes da queda dos fios e alteração na superfície das unhas.
No caso de suspeita da doença, é necessário procurar um dermatologista. Alguns testes podem ser feitos para determinar o que causa a alopecia no paciente. A partir daí, é possível tratar com medidas paliativas, que evitam ou diminuem a queda dos fios, e até realizar transplante capilar para substituir os fios perdidos.
Em muitos casos, a condição tende a ter uma regressão espontânea. Porém, como a alopecia não tem cura, o tratamento não evita recidivas da doença, o que significa que ela sempre pode reaparecer. Algumas pessoas lidam com a alopecia em ciclos durante toda a vida.
Ainda que a perda de cabelo não prejudique diretamente a saúde física, ela pode ter consequências sérias para a saúde psicológica, atingindo o emocional e a autoestima. Por essa razão, não devemos jamais ignorar o aspecto mental da alopecia, nem fazer comentários ou piadas sobre a pessoa afetada.
Parece óbvio, mas vale sempre lembrar que com saúde física ou mental não se brinca!
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