Agosto chegou e com ele vem o #AgostoDourado, o mês de conscientização e intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Os benefícios do aleitamento materno são inúmeros, mas entre os principais que podemos citar estão:
Reforço do laço emocional entre bebê e a mãe – Isso é fundamental. Mas, além disso, o leite materno contém tudo o que o bebê precisa para os primeiros seis meses de vida, nas proporções certas. Sua composição muda de acordo com as necessidades do bebê, especialmente durante o primeiro mês.
Vitamina pura – Durante os primeiros dias após o nascimento, a mãe produz um fluido grosso e amarelado chamado colostro. Ele é rico em proteínas, tem baixo teor de açúcar e é rico em compostos benéficos para o bebê.
Santo Remédio – O leite materno é extremamente rico em anticorpos que ajudam o bebê a combater vírus e bactérias, principalmente no colostro. Nos primeiros dias, este leite fornece altas quantidades de imunoglobulina A (IgA), e vários outros anticorpos. A IgA protege o bebê de doenças formando uma camada protetora no nariz, garganta e sistema digestivo do neném.
Além disso, o leite também ajuda a manter o peso do bebê saudável, previne a formação incorreta dos dentes e ossos, problemas na fala e ajuda no desenvolvimento intelectual.
Para a mãe, amamentar diminui o estresse, ajuda o útero a voltar ao tamanho normal, normaliza as funções hormonais, reduz a ocorrência do câncer de mama – enfim, é tudo de bom. A OMS sugere, se possível, que a amamentação seja a alimentação exclusiva do bebê até os 6 meses de vida, sendo que pode ser estendida até 2 ou 3 anos, complementando a dieta de sólidos.
Fatores que impedem ou atrapalham a amamentação
No entanto, é importante destacar alguns motivos que impedem ou dificultam a amamentação e interferem muitas vezes na saúde mental das mães.
Pode ser uma uma pega incorreta da mama, o que ocasiona em feridas e dores, mastite (inflamação dos ductos mamários) – além de fatores externos como críticas familiares, preocupações em geral (com o trabalho, por exemplo), depressão pós-parto, tudo isso pode impactar na produção de leite.
Até mesmo a falta de orientação e informações sobre o próprio aleitamento pode ser listada como uma das principais causas da diminuição da produção de leite na mãe.
Amamentando no trabalho
Um dos fatores que pode acarretar o desmame precoce é justamente a volta ao trabalho depois do cumprimento da licença-maternidade.
No Brasil, o período que uma mulher pode ficar afastada do trabalho depois do parto é de apenas quatro meses. A exceção fica por conta das funcionárias públicas – que têm direito a seis meses de recesso – e daquelas que trabalham em instituições participantes do programa Empresa Cidadã, que também garante esse tempo de afastamento.
É um verdadeiro drama para as mães se separarem de seus rebentos e não ter a oportunidade de amamentá-los fisicamente, já que poucas empresas se preocupam com isso.
O que as empresas podem fazer para contribuir com o #AgostoDourado e estimular o aleitamento materno?
Ideia é o que não falta, na verdade.
Criação de creche – Implementação de infraestrutura com salas equipadas para receber bebês até 3 anos, com a presença de pedagogas e enfermeiras para apoio das funcionárias que acabam de voltar da licença-maternidade.
Sala de amamentação – Sala com poltronas e um ambiente calmo e acolhedor para que suas funcionárias possam amamentar seus filhos, além do oferecimento de um kit com bomba tira-leite, recipientes para armazenar leite, gelo e uma bolsa térmica, caso as mães não consigam amamentar os filhos na hora correta e precisem bombear o leite e “terceirizar” o serviço.
Alimentação – Oferecimento de um kit para as gestantes e mães recentes, com alimentos que estimulam e enriquecem a lactação, elaborado por nutricionistas.
Encontro de mães e gestantes – Bate-papo semanal ou mensal com todas as gestantes e mães recentes com acompanhamento de pediatra e psicólogo.
Flexibilidade de horários – Todas as mães, em especial as recentes, precisam de uma certa flexibilidade de horário para dar conta das demandas do trabalho e de um bebê recém-nascido. Isso é completamente aplicável em circunstâncias da pandemia, por exemplo. Mas fora dela também precisa ser.
Acompanhamento psicológico – Para mães que estão trabalhando remotamente, seria de grande valia que empresas disponibilizassem esse tipo de apoio, já que com a pandemia grande parte da rede de auxílio dessas mães sofre restrições devido ao distanciamento social.
Kit baby – Ao sair de licença, a funcionária pode receber um kit com fraldas e vários produtos de higiene para o bebê, além de uma cartilha sobre a importância do aleitamento materno.
Empresa Cidadã – Desde 2009, está regulamentada a lei que institui o Programa Empresa Cidadã. O programa garante uma extensão das licenças maternidade e paternidade, enquanto, em contrapartida, oferece benefícios fiscais às empresas participantes. Você pode saber mais por aqui.
Com isso, colocamos em prática o acolhimento de mulheres e mães dentro do ambiente de trabalho, estimulando um desempenho saudável que pode beneficiar tanto funcionárias quanto a própria empresa.
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