
Ações desenvolvidas pelo RH não apenas no Setembro Amarelo podem fazer a diferença para evitar comportamentos depressivos
Suicídio é o ato intencional de tirar a própria vida. Geralmente está associado a quadros de depressão, baixa autoestima, tristeza profunda, rejeição e falta de vontade de viver. Ficar atento a sinais de que você (ou a pessoa que você gosta) não está bem é fundamental para evitar este desfecho drástico – seja dentro do período de Setembro Amarelo ou não.
Se você ainda está se perguntando o que é Setembro Amarelo, para quebrar tabus sobre o assunto e estimular que pessoas em dificuldade procurem ajuda médica e afetiva, uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Centro de Valorização da Vida (CVV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) criou no Brasil, em 2015, a campanha Setembro Amarelo. Em todo o mundo, 10 de setembro é a data escolhida para representar o tema. Esta é a história de como surgiu o Setembro Amarelo.
Apesar de estar clara qual a importância do Setembro Amarelo, é preciso destacar, porém, que a humanização nas relações interpessoais e a preocupação com o próximo deve ser contínua e está nas mãos não apenas de amigos e familiares, mas também precisa estar presente no ambiente profissional. Afinal, é no trabalho que passamos um tempo considerável do nosso dia.
Como as empresas podem ajudar?
A empresa, por meio do setor de recursos humanos (RH), pode desenvolver uma série de atividades que contribuam para o bem-estar dos funcionários, a fim de que eles possam viver bem e trabalhar satisfeitos e em condições adequadas para amenizar ou evitar o desenvolvimento de doenças mentais. É fundamental entender como cuidar da saúde mental e emocional do colaborador.
Veja algumas iniciativas importantes:
1 – Organizar palestras educativas
Falar abertamente sobre como prevenir o suicídio é uma das formas mais eficazes de combatê-lo. Promover palestra com um especialista ajuda a desmistificar o assunto e faz com que profissionais compreendam melhor a importância de evitar comportamentos nocivos à saúde mental.
2 – Pausas para descanso e relaxamento
Profissionais esgotados física e mentalmente tendem a desenvolver doenças como a Síndrome de Burnout ou sintomas depressivos. Em meio às jornadas longas e desgastantes do dia a dia, é importante que a empresa estimule pausas para descanso de corpo e mente, se possível promovendo a ginástica laboral em momentos pré-estabelecidos.
3 – O funcionário como protagonista
Para evitar que funcionários fiquem desmotivados, reclusos e se sintam rejeitados, é importante dar voz e vez a todos. O RH pode desenvolver ações e campanhas internas, em qualquer época do ano, que estimulem a interação e façam com que todos se sintam peças importantes em projetos ou qualquer atribuição do ambiente corporativo.
4 – Ambiente favorável
Ações que estimulem a socialização são fundamentais para a construção de empatia entre os funcionários. Nesse contexto, é importante que o RH e os chefes de setores acompanhem de perto seus funcionários, dando respaldo ao trabalho desenvolvido e motivando-os com desafios e incentivos.
5 – Coibir o assédio moral
Cabe às empresas investigarem denúncias de assédio moral em qualquer padrão hierárquico, evitando que o funcionário seja exposto a situações humilhantes e constrangedoras ou desacatado de forma repetitiva e duradoura por colegas de profissão.
Números alarmantes
Publicação da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde revela que, ano a ano, o suicídio figura entre as 20 principais causas de morte no mundo, sem distinção de faixa etária. Em números absolutos, são mais de 800 mil mortes (uma a cada 40 segundos).
Para trazermos para o nosso universo, no Brasil aproximadamente 12 mil pessoas tiraram a vida em 2019 e, embora não existam números consolidados sobre suicídio referentes ao período da pandemia do coronavírus, a Organização Mundial de Saúde sinaliza que os casos de ansiedade e depressão cresceram 25% em todo o mundo durante o período.
Preocupante e alarmante, mas um cenário que pode ser mudado com ações de conscientização, prevenção e empatia pelo próximo.