Todas as transformações que a pandemia impôs à nossa sociedade foram apenas aceleradas – e não importa o que aconteça, o caminho é apenas para frente.
A transformação digital nas empresas tem sido o assunto do momento para quem quer sobreviver nos negócios. Houve um tempo em que falar em qualquer tipo de tecnologia mais avançada era claramente coisa de ficção científica.
Do desenho animado dos Jetsons aos algoritmos preditivos de “Minority Report”, o fato é que aquelas telas todas flutuando pra lá e pra cá sempre cheias de dados pareciam um futuro muito, mas muito distante. Pois agora estamos em 2021. E este futuro chegou. O que eram apenas planos nas pranchetas dos times de desenvolvimento foram acelerados, ganharam mais investimento, mais tração, para fazer cinco anos em apenas um. A pergunta agora não é mais “o que é tecnologia” e sim “quando ela vai ser implementada”. A transformação digital é agora.
É claro que grande parte do que se diz transformação digital nas empresas acabou sendo causada pelo que a ONU chama de “maior desafio da humanidade desde a Segunda Guerra Mundial”. A pandemia fez com que a digitalização ganhasse corpo rapidamente para garantir o distanciamento social, preservando profissionais e clientes, diminuindo a pressão em sistemas como o de saúde, que é o nosso cotidiano por aqui, na Docway.
Mas nada do que aconteceu de lá pra cá, da telemedicina ao comércio eletrônico, passando pelos aplicativos de mensagens instantâneas e pelos serviços de streaming, é passageiro. Tudo isso veio pra ficar. Tecnologia da informação pura. Quando a situação fora de nossas casas estiver normalizada, quando este momento enfim tiver passado, tudo vai ter se transformado em definitivo. O cinema vai ter que se reinventar enquanto a Netflix nada de braçada. Velhos hábitos já não fazem mais sentido. É hora de continuar experimentando novos modelos para atender novos comportamentos.
Se antes já soava ultrapassado manter aquela antiga distinção entre o que era teoricamente offline e online, agora então as barreiras se quebraram de vez. Vivemos num mundo onlife, indo de telas pra telas, transformando as telas em assunto de discussão com a família na mesa do jantar. De acordo com estimativas recentes do Fórum Econômico Mundial, dentro dos países do chamado G20, o peso de não assumir as necessidades trazidas pela transformação digital nas empresas pode representar uma perda econômica equivalente a US$ 11,5 trilhões do PIB total.
A digitalização, cada vez mais, além da segurança da distância, também começa a se tornar sinônimo de democratização. Simplificar para amplificar o acesso a quem não podia e que agora pode com o apertar de um botão na tela do celular. Além disso, também está conectada com duas outras palavras-chave – customização e humanização.
Em uma sociedade focada em dados, os médicos terão acesso mais rápido e direto a um histórico que lhes permite entender a jornada do paciente do começo ao fim, de forma completa, para que a análise do estado clínico seja ampla e holística. Isso é customizar, é usar a tecnologia para que cada atendimento seja uma situação única e exclusiva.
E sobre a humanização, é importante que se diga sempre que a tecnologia não significa que teremos um monte de robôs e inteligências artificiais cuidando dos pacientes. Inovação, em especial na área da saúde, é um conceito diretamente ligado aos processos de atendimento – que continuam sendo realizados por pessoas. O olho no olho ainda existe, ainda que seja realizado via duas telas. A tecnologia está aí para facilitar o trabalho de um lado, agilizar a entrega do outro, mas sempre mantendo a conexão entre duas pessoas. A preocupação continua. A empatia, palavra-chave do momento, é habilidade mais do que requerida.
Todos nós, sejamos bem-vindos ao futuro. Ele já chegou. E corre cada vez mais rápido. Ainda bem.
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